A presidente Dilma Rousseff precisa delegar mais e conversar
com o mercado.
“A economia do Brasil está numa situação bastante difícil. O
Brasil vai ter previsões de crescimento bastante baixas nos próximos quatro
anos se a gente fizer um prognóstico de crescimento de 2,5%”,
e a necessidade do
governo mostrar mais clareza nas ações.
Diante do atual cenário econômico brasileiro os
especialistas preveem corte de gastos para melhorar o superávit primário. Mas
segundo a pesquisa esses cortes não devem atingir a área social.
“Quando você olha o que representa o Bolsa Família, o Brasil
sem miséria como porcentagem do PIB não é muito. É 0,5% do PIB. Acho que talvez
subsídios para alguns setores da economia pode cortar um pouco. Vai ser
complicado.
Uma palavra muito ouvida nos últimos dias é o downgrade. É a
possibilidade de rebaixamento na nota de crédito que indica se o país é capaz
de cumprir com suas obrigações financeiras. Um temor que existe, mas não é
esperado.
“Olhando os indicadores macroeconômicos do Brasil não teria
que ter um downgrade”,
A situação de economia não é boa e que o
pessimismo se deve ao fato da presidente eleita
DILMA não aceitar isso.
“Tudo parece bom. O desemprego é baixo, o que é verdade. A
renda está aumentando, o que é verdade, mas os outros indicadores, um pouco
mais profundos e fundamentais, não são tão otimistas. Não parece que tem um
reconhecimento do governo que as coisas não estão dando certo.
E nem profundizar na falta de credibilidade nas ações do
Governo Petista suspeito de conivente nos
atos de corrupção primeiro na Petrobras e agora na Caixa Económica,
Um outro problema é o cambiário.
Não há muito mais como o Brasil adiar um ajuste no câmbio:
além da tendência de valorização do dólar frente às principais moedas
internacionais, como reflexo do aperto monetário que se aproxima nos Estados
Unidos, os desequilíbrios macroeconômicos no Brasil exigem um real bem mais
desvalorizado.
É nesse contexto que se situa o debate sobre se o Banco
Central deve interromper em 2015 o programa de intervenção diária no câmbio.
Foi essa intervenção que conteve uma maior alta do dólar ao longo deste ano. Se
o programa for abandonado em 2015, não se descarta um dólar acima de R$ 3,50
nos próximos noventa dias.
Há necessidade dum ajuste cambiário.
Então, a questão básica é como o governo vai gerenciar esse
ajuste no câmbio, pois se ele for feito de forma desordenada, o estrago será
grande em termos de inflação, investimentos, etc.
Assim, não é tão urgente reduzir o estoque de swaps
cambiais, mas o BC precisa, sim, deixar de fazer uma colocação líquida de
dólar, permitindo uma depreciação do real.
JORNALISTA RUBEN SPERATI FRANCO
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